História

O nome da freguesia provém do seu santo padroeiro, São Cipriano, um bispo e mártir do século III. Na Idade Média, a localidade era referida como "S. Cibrão" e, no Censual do Cabido de Lamego do século XVI, como "San Cibrian". Não é caso único nem raro: com em São Martinho e Sáo Romão acontece o mesmo. São. Cipriano foi um santo mártir do século III que deu testemunho de Jesus Cristo com o próprio sangue.
A presença de um núcleo megalítico na área atesta a ocupação humana da região desde a pré-história. Este património arqueológico sugere que a área foi habitada e teve importância muito antes do período medieval.

A nossa freguesia de São Cipriano, detém a marca registada da "Aldeia da Música", pelo qual é conhecida devido à sua longa e forte tradição filarmónica, uma particularidade rara a nível nacional. O reconhecimento como "Aldeia da Música" advém desta história musical única e da forte ligação da população à arte musical. A ambição de ter o estatuto oficial de "Aldeia da Música" tem sido promovida por associações e pela Junta de Freguesia, uma aldeia que, tem duas bandas filarmónicas centenárias, A Banda de Música A Velha de São Cipriano e a Banda Musical A Nova de São Cipriano, um aspeto notável da sua identidade cultural. A tradição musical de São Cipriano não se manifesta apenas nas bandas, mas na própria vida da aldeia, com muitos dos seus habitantes a serem músicos. Esta identidade musical é um ponto de orgulho e uma marca distintiva da freguesia no panorama cultural português. A par da sua forte tradição de bandas filarmónicas, existe um rancho folclórico que preserva e divulga as danças e cantares tradicionais da região, o Rancho Danças e Cantares de S. Cipriano, tem o objetivo de manter vivas as práticas culturais que se foram perdendo com o tempo na freguesia, preservando e demonstrando o folclore e a etnografia da região, ambiciona resgatar os trajes, danças e cantares antigos da freguesia, atuando em eventos locais e nacionais.
As festas em honra do padroeiro São Cipriano e a Semana Cultural, são momentos altos do calendário da freguesia.
A freguesia de São Cipriano é, portanto, um local onde a história antiga se cruza com referências literárias modernas e tradições culturais vibrantes, afirmando-se como um lugar único no património histórico e artístico do concelho de Resende e a nível Nacional.

A "Ilustre Casa de Ramires" e a Literatura, a história da nossa freguesia ganhou projeção nacional e literária graças à obra de Eça de Queirós, "A Ilustre Casa de Ramires" a Torre da Lagariça, este monumento, declarado Imóvel de Interesse Público, por decreto de 29 de setembro de 1977, foi a inspiração para a casa da personagem principal do romance. A sua memória perdura e a sua localização em São Cipriano é um ponto de referência cultural importante, atraindo visitantes interessados na rota literária de Eça de Queirós.
Património e Marcos Históricos únicos, além da Torre da Lagariça, outros elementos marcam a nossa história local, a Igreja Matriz de São Cipriano, um imponente templo do século XVIII, notável pela sua arquitetura grandiosa e harmoniosa, que reflete a importância e a riqueza da freguesia na época da sua construção, as pontes da Lagariça e de Covelinhas, os moinhos, a capela do Sr. dos Aflitos, a capela de Santo António, a capela de Nossa Senhora da Conceição, as alminhas de São Cipriano, pequenos altares ou capelas de beira de estrada, geralmente feitos em pedra, dedicados às almas do purgatório. São locais onde os fiéis param para rezar pelas almas dos defuntos, por vezes deixando esmolas, velas ou flores. Podem ter sido erguidas em locais de passagem para o cemitério ou em sítios onde ocorreu uma morte trágica, servindo como memorial. A Escultura do Mineiro, é uma referência dessas alminhas.